,

No Benaiah todo mês tem festa de aniversário

Mais uma vez, o Benaiah reuniu os aniversariantes do mês para comemorar mais um ano de vida.

Nesta edição, os idosos nascidos no mês de maio foram o motivo da festa. E novamente, o evento contou com a parceria da SAGE na doação dos alimentos e da decoração.  A empresa também contribuiu com a participação de seus voluntários.

O Benaiah agradece a todos por mais este momento especial.

Conferia as fotos.

[Best_Wordpress_Gallery id=”18″ gal_title=”No Benaiah todo mês tem festa de aniversário”]

 

Atividades para idosos: A vida começa aos 60!

A reforma é ansiada por uns, temida por outros. Independentemente do espírito com que cada pessoa encara esse acontecimento, a verdade é que o fim do trabalho profissional leva a um dos maiores problemas sentidos na terceira idade: a falta de ocupação. No entanto, não tem que ser assim.
A idade da reforma pode ser uma altura extremamente proveitosa para um idoso, desde que a saiba aproveitar ao máximo. E para isso existem muitas atividades com inúmeros benefícios, que podemos esquematizar em três áreas principais:

• Benefícios de saúde: um idoso ativo será necessariamente um idoso mais saudável. Sobretudo no caso das atividades físicas, o idoso encontrará sempre uma forma de se exercitar, combatendo muitas das doenças típicas da velhice, atuando não só como agente de prevenção, mas também terapêutico para eventuais problemas já sentidos. Consoante o tipo de atividade em questão, poderá intervir em problemas de articulação, de mobilidade, mas sobretudo melhorando a circulação e o sistema cardíaco. Uma vida mais ativa, sobretudo nesta idade, levará a um aumento do bem-estar e da qualidade de vida. E além disso, algumas atividades podem ser extremamente divertidas!

• Benefícios sociais: ao deixar-se envolver em uma ou várias atividades, estará a conhecer e a conviver com diferentes pessoas, partilhar experiências e vivências comuns e, sobretudo, experimentar algo de novo! Numa idade tão assolada pelo isolamento, participar em atividades com outras pessoas é a melhor forma de abrir um novo capítulo na página da vida dos idosos, que frequentemente alegam que “já viveram um pouco de tudo”. E tão errados que estão…

• Benefícios psicológicos: Como consequência dos dois pontos anteriores, o aumento do bem-estar físico e social levará a que o idoso se sinta bem consigo próprio e com a vida, descobrindo (ou nalguns casos, redescobrindo) o prazer de viver. A depressão é um grave problema da terceira idade, e que melhor forma existirá de a combater, e mais ainda, de mostrar que a vida ainda tem tanto para dar e gozar?

Como vê, não faltam motivos para aproveitar estas oportunidades, e a única dúvida que deverá ter nesta altura é “o que fazer?”. Para o ajudar, temos algumas dicas!


Atividades físicas e desportos


O tipo de atividades que melhor concilia os três tipos de benefícios acima indicados são as físicas e desportivas e, ao mesmo tempo, são provavelmente aquelas em que encontrará maior diversidade de oferta.

As atividades físicas são vivamente recomendadas por médicos e terapeutas para todas as idades, mas ainda mais para a terceira idade. Seja no âmbito de tratar algum problema físico, ou no sentido de os prevenir, a variedade é enorme, e sempre adaptadas a cada pessoa.

Uma das ofertas mais disseminadas é a do yoga sénior, normalmente disponível em qualquer centro especializado nessa atividade. Com benefícios claros em relação à mobilidade articular, permite também melhorar o sistema cardiovascular e respiratório. Ao mesmo tempo que atua sobre o corpo, como é o objetivo do yoga, trabalha também o espírito, combatendo dessa forma a senilidade e estimulando a lucidez.

Além do yoga, existem outras atividades como a ginástica, mais virada para o plano físico mas que acaba por ter, como consequência, efeitos psicológicos muito positivos. A grande vantagem destas sessões é que são extremamente fáceis de encontrar: além da oferta privada, são organizadas aulas pontuais ou cursos periódicos por inúmeras instituições, tais como associações, câmaras municipais e juntas de freguesia.

Tanto o yoga como a ginástica para idosos são especialmente adaptados às capacidades físicas dessa faixa etária, e além dos benefícios já referidos, terá também efeitos a nível da mobilidade geral, o que por sua vez previne quedas, um problema, com graves consequências, que tanto afeta a terceira idade.

Uma atividade que se encontra cada vez mais divulgada é a natação sénior. Aulas especializadas, não necessariamente para aprender a nadar, mas antes no sentido de promover exercício físico de manutenção num ambiente apelativo e sereno, já para não falar na diversão!

Todas estas atividades terão ainda efeitos extremamente positivos na socialização e no convívio.


Férias, excursões e passeios


Já pensou na quantidade de locais que não conhece, ou que gostaria de visitar novamente? A terceira idade é uma excelente fase da vida para fazer umas férias prolongadas ou participar em excursões e passeios que o levam a locais de invulgar beleza e interesse.

Tal como no caso da ginástica, também no caso das excursões são inúmeras as instituições que organizam passeios para a terceira idade, desde estatais a privadas. Excursões de um ou mais dias, é uma óptima forma de mudar de ares, aperceber-se que o mundo ainda tem muito para conhecer, e depressa se pode tornar um agradável vício: depois de participar numa não vai querer parar!

As visitas organizadas a locais de interesse cultural, patrimonial ou histórico são mais recomendadas, uma vez que não terá que se preocupar com todos os pormenores aborrecidos da viagem, mas também poderá tomar você próprio a iniciativa de preparar uma viagem. Juntando alguns amigos ou familiares, existe um mundo inteiro para descobrir, seja em Portugal, na Europa, ou mesmo outros continentes!


Férias termais


Juntando o melhor de dois mundos, as férias termais permitem descobrir recantos perdidos e ao mesmo tempo cuidar da sua saúde – novamente, seja como curativo ou como prevenção. Com a vantagem de ter preços e terapias especiais para idosos, poderá encontrar um repouso absoluto e uma serenidade invulgar nos dias que correm.


Caminhadas


Se procura uma atividade que não envolva custos e que possa fazer sem grande planeamento prévio, as caminhadas são a solução ideal. É algo que poderá fazer sozinho ou na companhia de outras pessoas (por vezes é mais divertido com grupos grandes), e a distância, dificuldade e duração do percurso depende unicamente da sua vontade.

A generalidade dos centros urbanos tem percursos (demarcados ou improvisados) que pode utilizar, e tomando-lhe o gosto, pode mesmo juntar-se a grupos organizados que percorrem trilhos e caminhos perdidos.


Atividades culturais


Existe ainda uma infinidade de actividades ligadas à cultura, como por exemplo música, teatro, literatura. Todas as freguesias têm (no mínimo) uma associação cultural onde será recebido de braços abertos, e onde poderá partilhar experiências interessantes e enriquecedoras.

Se sabe tocar um instrumento, porque não juntar-se a um grupo musical? Ou talvez experimentar subir ao palco e participar na encenação de uma peça, seja como actor ou no apoio logístico. Se tem algum talento escondido, como por exemplo uma veia artística ou alguns poemas ou contos escondidos, porque não partilhá-los com outras pessoas?


Nunca é tarde demais


Independentemente da sua escolha, o importante é acreditar que não existe uma idade limite. Tenha 60, 70, 100 ou ainda mais anos de idade, nunca é tarde demais para começar e muito menos para continuar a fazer algo que gosta. As atividades adaptam-se a diferentes idades e estados de saúde, pelo que encontrará sempre algo ideal para si.

Fonte: www.cuidamos.com

Como Cuidar de pais idosos

À medida que os nossos pais envelhecem, requerem cada vez mais atenção, cuidados e carinhos. Quer vivam sozinhos ou com familiares, cuidar de idosos é um trabalho contínuo que exige algum trabalho de preparação e prevenção, assim como elevados níveis de alerta e uma boa dose de paciência.


Em casa


A maioria dos idosos passa bastante tempo em casa, o que significa que, para além do conforto, é importante assegurar algumas condições de segurança básicas:

• Colocar um alarme em casa.
• Instalar detectores de fumo na cozinha e nos quartos.
• Isolar portas e janelas para evitar a entrada de frio/calor.
• Assegurar que o óculo da porta de entrada esteja à altura do idoso.
• Reduzir a temperatura da água na caldeira, para evitar queimaduras no banho.
• Evitar a existência de muitos espelhos em casa porque os reflexos podem assustar o idoso.
• Certificar que não existam artigos inflamáveis (cortinas, panos, etc.) junto do fogão na cozinha.
• Colocar o micro-ondas sobre a banca em vez de o manter elevado.
• Assegurar que toda a casa está bem iluminada, incluindo corredores, escadas e entradas exteriores.
• Instalar interruptores iluminados que são mais visíveis durante a noite.
• Substituir as maçanetas das portas redondas por maçanetas horizontais que são mais fáceis de abrir e fechar.
• Instalar rampas de acesso, caso o idoso utilizar uma cadeira de rodas ou um qualquer apoio para se deslocar.
• Instalar um chuveiro flexível e uma cadeira de banho para facilitar a higiene pessoal; colocar uma sanita mais elevada na casa de banho.
• Substituir o telefone e os comandos da televisão por modelos com teclas grandes.
• Colocar um telefone na mesa-de-cabeceira do idoso.
• Substituir os relógios tradicionais por relógios digitais, que são mais fáceis de ler.
• Organizar o guarda-roupa do idoso através do agrupamento de calças, camisas, camisolas, saias e vestidos.
• Assegurar a limpeza doméstica, a lavagem e engomagem de roupa ou contratar alguém para o fazer.


Como evitar quedas de idosos


As quedas de idosos são mais frequentes do que imaginamos e podem originar das situações mais normais do dia-a-dia, como calçar uns chinelos escorregadios ou caminhar sobre um chão encerado. A maioria das quedas de idosos resultam em dolorosas fraturas, por isso, saiba como as evitar:

• Evitar fios suspensos, fios muito compridos ou atravessados no chão.
• Retirar tapetes escorregadios ou equipá-los com um antiderrapante.
• Evitar encerar o chão de casa.
• Limpar imediatamente qualquer líquido/alimento entornado.
• Certificar que todas as escadas tenham um corrimão seguro.
• Instalar barras de apoio nos duches/banheiras e ao lado das sanitas.
• Afixar um tapete de borracha no fundo da banheira.
• Colocar barras de apoio nas camas para facilitar na hora de levantar e deitar.
• Optar por uma cama mais baixa, que torna mais seguros os movimentos de levantar e deitar.
• Organizar o mobiliário de forma a criar um espaço amplo para circular, livre de obstáculos.
• Remover objetos e mobiliário em excesso.
• Organizar os armários de forma a colocar os objetos mais utilizados nas prateleiras mais baixas – tudo deve ser de fácil acesso para o idoso. Desta forma, o idoso pode evitar as quedas que muitas vezes originam da utilização de bancos ou cadeiras.
• Assegurar que as cadeiras utilizadas pelo idoso são suficientemente altas e que tenham apoios para os braços; evitar cadeiras com rodas.
• Colocar um cadeirão no quarto, onde o idoso se possa sentar para vestir e calçar.
• Evitar calçado com solas escorregadias e vestuário muito comprido.
• Colocar luzes de presença em todas as divisões utilizadas à noite, para evitar a queda do idoso às escuras.


Saúde


A saúde de pais idosos é uma preocupação constante e tem de ser vigiada regularmente, tendo em conta os seguintes aspectos:

• Assegurar uma dieta saudável e equilibrada, composta por fruta, vegetais, cereais, alimentos com pouca gorda e baixo teor de sal.
• Falar com o médico do idoso sobre a toma de um suplemento de vitaminas e/ou cálcio.
• Certificar que o idoso se mantenha hidratado, bebendo muita água.
• Acompanhar o idoso nas suas consultas ao médico.
• Ajudar o idoso a organizar a toma dos medicamentos diários, distribuindo-os em caixas próprias para o efeito.
• Estar atento a possíveis efeitos secundários dos medicamentos do idoso.
• Assegurar que os óculos e/ou o aparelho auditivo do idoso está de acordo com as suas necessidades atuais.
• Manter um historial médico atualizado do idoso, assim como os contatos de todos os seus médicos.
• Devolver à farmácia medicamentos que estão fora de prazo ou que o idoso já não necessita tomar.
• Evitar o consumo de álcool, principalmente se o idoso está a tomar medicação.
• Manter os pais idosos ativos, através de caminhadas, passeios, aulas de hidroginástica ou outras atividades físicas exclusivamente pensadas para idosos.


Bem-estar emocional e psíquico


Cuidar de idosos também passa pela companhia e conversa, ou seja, é importante que passem tempo de qualidade juntos. Para além disso, os pais idosos devem ser incentivados a levar uma vida o mais normal possível, recheada de coisas divertidas e que gostem de fazer:

• Faça visitas regulares aos seus pais idosos e incentive-os a fazerem o mesmo.
• Motive o idoso a manter os seus amigos, saindo para se encontrar com eles na pastelaria.
• Contate um vizinho ou amigo que também possa visitar os pais diariamente ou no caso de alguma emergência.
• Incentive o idoso a ir ao cabeleireiro/barbeiro regularmente.
• Se o idoso necessitar da ajuda de outra pessoa para se deslocar – ir às compras, ao médico ou visitar os amigos – coloque-se à disposição para o levar, combinando sempre estes compromissos com antecedência.
• Incentive o idoso a ler e a ver televisão para estar a par do mundo e mantenha-o informado acerca das novidades familiares, assim como das datas importantes que se aproximam, caso dos aniversários.

Fonte: www.cuidamos.com

Benaiah recebe Vigilância Sanitária, Promotoria e Conselhos do Idoso e de Assistência Social

A nova sede do Benaiah segue com suas atividades de acordo com as recomendações dos órgãos fiscalizadores.

No dia 27 de abril, ocorreram as visitas da Vigilância Sanitária, do COMID (Conselho Municipal do Idoso) e da Promotoria Pública.

No dia 04 de maio, foi a vez do CMAS (Conselho Municipal de Assistência Social) realizar a sua fiscalização na instituição.

Visita da Ong Liga do bem

No dia 30/04 a Ong Liga do Bem passou uma manhã muito agradável junto aos nossos moradores, ofereceu um café da manhã, com muita música, dança, animação e distribuição de lembrancinhas.

[Best_Wordpress_Gallery id=”15″ gal_title=”Visita Ong Liga do Bem”]

BIOFILIA. FOMOS PROGRAMADOS PARA AMAR A VIDA

A natureza faz bem à saúde, disso não existem mais dúvidas. Assim apontam diversas pesquisas científicas ligadas ao conceito de biofilia: uma teoria que defende que, ao longo da evolução humana, fomos programados para amar tudo o que é vivo, em vez de objetos, e, por isso, a natureza simplesmente nos faz sentir melhor. Afinal, o ambiente urbano foi adotado pelos seres humanos apenas nos últimos séculos de sua existência.

1 DE MAIO DE 2016

Por: Equipe Oásis

 

Já sabíamos que o contato estreito com o verde da natureza incrementa a saúde física e mental. Novas pesquisas confirmam isso, indicando que tais efeitos benéficos podem durar anos a fio.

Deveríamos realmente considerar a possibilidade de passar mais tempo junto à natureza, de viver mais cercados pela vegetação. Se você mora atualmente em plena selva de pedra urbana, mudar-se para uma área onde o verde esteja mais presente e e abundante provavelmente lhe fará viver alguns bons anos a mais, gozando de melhor saúde física e mental.

Confirmando a sabedoria popular de todos os tempos, os benefícios, particularmente os psicológicos, advindos do engajamento com a natureza, estão agora bem estabelecidos pela ciência. Em 2012, pesquisadores alemães concluíram que simplesmente vislumbrar um retângulo verde por alguns segundos pode desencadear uma maior criatividade do que a observação de retângulos de outros tons. Essa descoberta sugere que até mesmo a mais ínfima exposição à vegetação pode fazer a diferença.

Números impressionantes obtidos por especialistas em saúde mental na escola médica da Universidade de Exeter, no Reino Unido, apontam o quão durável os benefícios podem ser. Usando dados do British Household Panel Survey, eles descobriram que para as pessoas que se mudaram de bairros pouco ou nada verdes para outros dotados de mais vegetação, os benefícios em termos de saúde mental duraram por pelo menos três anos. Por outro lado, aqueles que se mudaram de bairros mais verdes para áreas menos verdes tiveram piora da saúde mental no período imediatamente sucessivo à mudança. Embora, na maioria dessas pessoas, o estado mental saudável básico voltou após uma fase mais ou menos longa de adaptação.  Para determinar tais alterações, a pesquisa levou em consideração vários outros fatores que poderiam incrementar ou diminuir a felicidade e a satisfação, tais como mudança de emprego, melhoria do salário, etc.

Nos últimos anos, um conceito é objeto de atenção cada vez maior: o da biofilia. Trata-se de uma teoria que defende que, ao longo da evolução humana, fomos programados para amar muito mais tudo o que é vivo , em vez de objetos. E não podemos nos esquecer que o ambiente urbano foi adotado pelos seres humanos apenas nos últimos séculos de sua existência.


Nosso corpo, um sistema natural

“Parques, jardins, flores, fitocidas (substâncias produzidas por plantas contra micro-organismos) têm efeitos benéficos em humanos”, conta Yoshifumi Miyazaki, codiretor do Centro para Meio Ambiente e Saúde da Universidade de Chiba, no Japão, uma das instituições mais ligadas ao tema no mundo. Bem dentro da linha de pensamento da biofilia, Miyazaki afirma que o corpo humano foi feito para se adaptar à natureza. Seu trabalho tem como base a premissa de que passamos 99,99% de nossos cinco milhões de anos de evolução como primatas em meio à natureza. Seríamos essencialmente conectados a ela. Pode parecer esotérico, mas cientistas de diversos países — como Holanda, Reino Unido e Japão — perceberam que, ao entrar em contato com o verde, o corpo logo responde, de forma sutil, com pressão mais baixa e maiores níveis de glóbulos brancos (responsáveis pelas defesas do organismo), entre outros.

O conceito “biofilia” significa, literalmente, “amor pela vida” e foi popularizado quando o biólogo americano Edward Wilson publicou um livro com este título, em 1984. Dez anos depois, Wilson editou, com Stephen Kellert, outro livro, intitulado “A hipótese da biofilia”, que discute a possibilidade de haver base genética para nosso apreço pela natureza. Não há pesquisas amplamente aceitas que comprovem esta teoria, mas não faltam indícios da influência saudável do verde.

Um dos primeiros a demostrar que a natureza faz bem foi Roger Ulrich, em 1984, ao comparar pacientes em quartos com janelas voltadas para árvores com aqueles cujos quartos ofereciam vista para uma parede de tijolos, em um hospital na Pensilvânia, nos Estados Unidos. Seus resultados demonstraram que pacientes com acesso ao verde saíram mais cedo do hospital, tomaram analgésicos mais fracos ou em menos quantidade, tinham menos comentários críticos sobre a enfermagem e menor número de pequenas complicações pós-cirúrgicas. Depois, outros estudos testaram objetos coloridos, porém inanimados, no lugar de plantas, e verificaram que as plantas ofereciam benefícios ligeiramente maiores.

A partir da pesquisa de Ulrich, citada em numerosos trabalhos, muitos passaram a defender a construção de mais áreas verdes em hospitais e até mesmo o contato com a natureza como uma forma de medicina preventiva. Com o tempo, surgiram análises também em escritórios, escolas e apartamentos, tanto sobre o uso da natureza no interior quanto ao ar livre. Em um estudo de 2000, a pesquisadora Tove Fjeld, da Universidade de Agricultura da Noruega, viu que reclamações sobre dores de garganta, por exemplo, diminuíram 23% depois que um escritório foi decorado com plantas. Já o estudo da pesquisadora Virginia Lohr, da Universidade do Estado de Washington, percebeu que a presença de plantas torna a dor mais suportável.

Para as pessoas que moram em cidades, e com dificuldades de encontrar espaços verdes, portanto, haveria alternativa: basta povoar varandas, mesas e paredes com belas flores e arbustos para sentir a diferença.


Passeios na floresta

Uma das pesquisas de Yoshifumi Miyazaki traz números interessantes sobre a influência de caminhar em ambientes naturais. Depois do segundo dia de andanças numa floresta local, um determinado tipo de glóbulos brancos, as células de defesa do organismo, teve um aumento de 56% nos indivíduos acompanhados. Uma quantidade 23% maior das células em relação ao estado original foi mantida durante um mês após a caminhada e o retorno à vida urbana. Para os pesquisadores, este foi um sinal claro de como a natureza pode contribuir para a medicina preventiva. Por causa disso, desde 2005, no Japão, há diversos locais onde se pode praticar a “Terapia de floresta” (chamados shinrin-yoku), uma caminhada por áreas verdes com potencial de curar o estresse. O governo japonês já investiu, desde 2004, US$ 4 milhões em pesquisas sobre o tema, visando também estabelecer mais de 100 lugares onde se pode participar da terapia.

Para eliminar dúvidas, os pesquisadores compararam os efeitos de caminhadas em ambientes urbanos e naturais, usando os mesmos indivíduos. Além dos glóbulos brancos, foram analisados a quantidade de cortisol (um indicador de estresse), pressão sanguínea e batimentos cardíacos. Notaram uma diminuição de 16% no cortisol, de 4% para batimentos cardíacos, de 2% para a pressão arterial, entre outros efeitos.

Há também estudos que demonstram os benefícios de se viver perto da natureza. Em uma pesquisa que acompanhou 350 mil pessoas, a pesquisadora Jolanda Maas, do Centro Médico Universitário de Amsterdã, concluiu que, quando 90% da área ao redor da residência é de verde, 10,2% dos moradores não se sentem saudáveis. Já quando 10% da área ao redor é de natureza, 15,5% relatam problemas de saúde. Maas encontrou maior prevalência de 15 entre 24 doenças selecionadas em pessoas que vivem mais longe de áreas verdes. Inclusive mentais: pessoas que vivem próximas da natureza teriam 21% menos chances de desenvolver depressão.

Os pesquisadores admitem que os efeitos são sutis, e que, dependendo da personalidade de cada um, podemos ser mais ou menos afetados por esta mágica natural. A dúvida se o nosso gosto pela natureza é cultural ou genético permanece. O biólogo Bjørn Grinde, da divisão de saúde mental do Instituto Norueguês de Saúde Pública, que faz vários trabalhos de recapitulação do tema, listando diversas pesquisas, acredita que os dois coexistem.


Como a mágica acontece?

As explicações para o efeito da natureza sobre nossa saúde variam desde fatores evolucionários à melhor qualidade do ar, ou ainda um gosto estético por tudo que é verde ou vivo. Grinde listou quatro possíveis causas apontadas por Ulrich em seus trabalhos: estar na natureza normalmente é relacionado a atividades físicas; atividades na natureza muitas vezes estimulam a socialização; e a natureza oferece uma oportunidade de fuga temporárias da rotina e suas exigências. A última é um questionamento: será que há mais vantagens do contato com a natureza que não as questões sociais e físicas a elas associadas?

A verdade é que ninguém sabe ao certo como a mágica acontece. Em uma longa pesquisa, que durou 17 anos e acompanhou 10 mil pessoas, Mathew White, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, mostrou que quem vive próximo a áreas verdes tem mais qualidade de vida, menos problemas psicológicos.

As pesquisas do psicólogo e engenheiro Robert Stone, da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, tentam medir os efeitos do contato com ambientes naturais virtuais em terapias de reabilitação, que contam com tecnologias similares às de videogames. Matthew White, da Universidade de Exeter, no mesmo país, participou de alguns desses estudos e justifica sua importância:

No Japão, o uso de fitocidas (substâncias produzidas por plantas contra micro-organismos) — há mais de 100 tipos deles — também tem tido resultados positivos. Estudos da Universidade de Chiba observaram diminuição da pressão sanguínea em cerca de 4% após a exposição ao odor por cerca de um minuto e meio. A substância é tida como um dos motivos pelos quais a terapia da floresta japonesa funciona tão bem.

RESILIÊNCIA. SABER COMO ENCARAR AS MUDANÇAS DA VIDA

Serban Ionescu, psiquiatra e psicólogo, professor emérito na Universidade Paris-VIII, acaba de dirigir o trabalho coletivo Tratado de resiliência assistida (Ed. PUF).  Primeiros resultados mostram que o nível de resiliência aumenta com a idade. Por Pascale Senk – Le Figaro

 Le Figaro – O senhor é um especialista da resiliência e esta última se refere a episódios traumáticos.  Mas não poderíamos dizer que, na sua vida, qualquer pessoa por meio de mudanças e crises inevitáveis será levada a passar por episódios de resiliência?

Serban Ionescu – Contrariamente a uma opinião bastante difundida, a palavra «resiliência» não se refere apenas aos traumas psíquicos. Ela se refere ao processo pelo qual as pessoas que vivenciaram ou estão vivenciando condições de adversidade não têm transtornos mentais. A adversidade é polimórfica e pode ser crônica ou aguda. Sendo assim, ela pode assumir a forma de um evento traumático como o tsunami ou pode ser crônica, tal como estamos ao nos encontrarmos em uma situação de desemprego de longa duração. Na verdade, o processo de resiliência pode se manifestar em uma variedade de situações.


Poderia dar um exemplo?

As trajetórias da vida incluem mudanças e crises que podem ser muito intensas em algumas pessoas. A prática clínica nos ensina que algumas pessoas vivem muito mal, por exemplo, a transição do trabalho para a aposentadoria: a vida pode-lhes parecer subitamente sem sentido, elas podem se sentir velhas e apresentar sintomas de depressão. A maioria das pessoas que chega à idade da aposentadoria, no entanto, se prepararam para essa transição: elas elaboraram projetos e, uma vez aposentadas, elas realizam tudo o que não tiveram tempo de  fazer antes. Esta segunda forma de abordagem da aposentadoria está relacionada a um processo de resiliência.


Como explicar a diversidade de reações face à adversidade?

Os fatores envolvidos nos processos de resiliência (tanto fatores de risco como de proteção) são individuais, familiares e sócio-ambientais. A maioria desses fatores varia em função da idade.

A resiliência foi observada em todas as idades. Duas pesquisas recentes realizadas na Suécia e na Bélgica evidenciam, no entanto, que o nível de resiliência aumenta com a idade. Estes resultados tendem a sustentar a hipótese de que o processo de resiliência pode ocorrer mais facilmente à medida que as pessoas vivem situações problemáticas diferentes e chegam ao fim das adversidades encontradas.


Seria como se o indivíduo estivesse mais acostumado a se recuperar das crises?

Uma comparação com o que acontece no caso das vacinas poderia ser tentada … Uma dose de vacina contendo uma bactéria ou um vírus atenuado seguida de reforços desta vacina permite que o organismo humano fabrique anticorpos para protegê-lo durante o encontro com a bactéria ou o vírus não atenuado. Da mesma forma, poderíamos dizer que o encontro com episódios de adversidade durante a vida permite dispor de estratégias que facilitem a passagem por tais episódios, caso ocorram posteriormente.

No entanto, tenha cuidado para não interpretar minhas observações como uma espécie de receita para viver traumas e adversidades, para lidar melhor com os caprichos da vida! Mas é certo que uma existência superprotegida não promove o desenvolvimento de estratégias que permitem enfrentar com sucesso a adversidade que podemos encontrar em um momento ou outro da vida.

História de um voluntário: Em entrevista, o cantor Edson Oliveira conta como faz da sua música um ato de amor ao próximo

Desde 2010, o cantor e compositor Edson Oliveira alegra, com o seu show musical, os domingos dos idosos abrigados no Benaiah e no Lar dos Velhinhos, e também das pessoas atendidas pela Aephiva, a casa de apoio aos portadores de HIV positivo. Nesta entrevista, ele mostra que, além da doação de coisas materiais, existe uma outra possibilidade de ajudar o próximo: dar amor, carinho e atenção. Confira:

 

Quando a música surgiu na sua vida?

Tinha 20 anos. Eu participava de um grupo de jovens e aprendi a tocar violão na missa. Nunca mais parei. Hoje, eu tenho 57 anos e sou funcionário público. Mas paralelamente, estou trabalhando a divulgação do meu CD “A Grandeza do Amor”, que tem 10 faixas autorais. Quem adquire também colabora com as três entidades beneficentes que eu apoio: o Benaiah, o Lar dos Velhinhos e a Aephiva.

Que trabalho que você realiza nestas instituições?

Eu apresento o meu show às tardes de domingo, a cada semana em um lugar. Como esse horário é reservado para as visitas, acaba ficando um momento bastante descontraído, com a participação das pessoas abrigadas e também dos familiares e visitantes.

Como surgiu a vontade de ser um voluntário?

Eu sempre tive vontade de realizar algum tipo de voluntariado. Mas as entidades que eu conhecia só funcionavam em dias de semana e conflitava com o meu horário de trabalho. Então, pensei que só conseguiria fazer isso quando me aposentasse. Mas um dia, vi um folheto do Lar dos Velhinhos explicando sobre os horários de visitas aos domingos. Foi aí que tudo se encaixou. Aos poucos, passei a visitar também o Benaiah e a Aephiva.

Você se lembra de um fato marcante que ocorreu durante essas visitas?

Eu encontro muitas pessoas acamadas. Uma vez, um cadeirante, empolgado pelas minhas músicas, acabou se levantando e, aos poucos, começou a andar, querendo dançar. Foi emocionante saber que posso ajudar tanto alguém.

O que você acha mais importante para ser um voluntário?

Ter muito amor, paciência e boa vontade. Fazer desse compromisso realmente um objetivo. É muito comum surgirem imprevistos ou convites para festas, um churrasco ou coisa parecida. Mas a gente tem que saber lidar com esses obstáculos e não desistir. Meu conselho é orar e agir. Muitos amigos meus falam que gostariam de fazer a mesma coisa que eu, mas não fazem. É preciso ter coragem de ir à luta e não ficar só falando.

 

Você pode saber mais sobre os shows e o CD de Edson Oliveira nos contatos abaixo:

10 maneiras de ser um idoso ativo

1)BUSQUE A ESPIRITUALIDADE— “Percebemos, especialmente na maturidade, como é importante a atividade espiritual do idoso, dar oportunidade ao idoso de se reconectar com essa esfera”, salientou o gerontólogo Fernando  Bignardi. 

 

2) ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL — De acordo com dr. Daniel Manhoni, cardiologista e nutrólogo, a “alimentação deve ser enriquecida com muita verdura e muita fruta”. Muitos idosos não se alimentam corretamente, sendo necessária a inclusão de suplementos com algum tipo de vitamina e mineral. Complexo B, C e Zinco são imprescindíveis para suprir as necessidades. “É importante também estimular o funcionamento do intestino com iogurte, fibra. Evitar a gordura animal, a gordura saturada. Aumentar o consumo de óleo de oliva e reduzir o consumo de açúcar”, orientou.

 

3) ATIVIDADES FÍSICAS REGULARES — Para envelhecer com saúde, a atividade física pode ser uma importante aliada, pois evita que o seu desempenho nas tarefas diárias seja comprometido. A prática de exercício físico traz excelentes resultados para que o corpo reaja bem às transformações que passa com o tempo. Sem contar que os exercícios físicos elevam expectativa de vida de idosos em 5 anos.

 

4) PREVENÇÃO DE ACIDENTES E QUEDAS — Fraturas causadas em idosos por conta de tombos podem ocasionar até incapacitação. Para a professora de Educação Física da Universidade de Brasília (UnB) Marizete Pereira, são vários os motivos que levam os idosos a cair: “Muitas vezes é a própria fragilidade do organismo, a fragilidade muscular. E a distribuição dos móveis dentro de casa”.

5) ATIVIDADES EM GRUPO — O convívio social é importante em qualquer faixa etária, principalmente na terceira idade. “Busque sempre atividades novas, e pode ser sim com outras pessoas idosas. O convívio com outros idosos para perceber que outras pessoas também passam pelos mesmos problemas, mas que buscam soluções diferentes e que podem servir para a sua vida”, afirma a psicóloga Valmari Aranha.

6) NÃO ESQUEÇA DO LAZER — A convivência social exerce um papel determinante para a qualidade de vida. Idosos que têm grupos de amigos vivem mais e melhor, pois trocam afeto, bons sentimentos e experiências.

7) TREINE A MEMÓRIA — Para a geriatra Patrícia Amante, é necessário “manter o cérebro ativo, sempre buscando aprender coisas novas, com o computador, por exemplo; fazer leituras, depois discutir o que leu; interagir; ter amigos. Isso ajuda muito”. 

8) VISITE O SEU MÉDICO — A prevenção de doenças também é importante. “O idoso tem mais tendência a desenvolver doenças como hipertensão e diabetes. Por exemplo, um Acidente Vascular Cerebral (AVC) leva à piora o equilíbrio. Esse AVC pode ser consequência de uma hipertensão, que dá para se prevenir e tratar”, de acordo com a geriatra Fátima Luz Rosa. Por isso, as visitas ao médico precisam ser mais frequentes na terceira idade. 

9) CUIDE DAS FINANÇAS —  Muitos idosos, mesmo aposentados, ainda são responsáveis pelo sustento da casa. Por conta disso, acabam se descontrolando financeiramente. 

 

10) SEJA ATIVO — É na terceira idade que muitos ainda podem fazer o que sempre desejaram, mas não realizavam por falta de tempo, a exemplo de viagens. Segundo pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Administração (FIA), 32,9% dos idosos viajam de duas a três vezes por ano. Dessa forma, conhecem novos lugares, compartilhando momentos prazerosos com amigos e familiares, elevando a autoestima e a satisfação em viver.

Ser um idoso ou ser um velho

Jorge José de Jesus Ricardo (Jocardo)
Balneário Camboriú-SC

IDOSA é a pessoa que tem muita idade; VELHA é a pessoa que perdeu a jovialidade. A idade causa a degenerescência das células; a velhice causa a degenerescência do espírito. Por isso, nem todo idoso é velho e há velho que ainda nem chegou a ser idoso.

O mesmo acontece com as coisas: há coisas que são “idosas” (antigas) e há coisas que são velhas. Um vaso da Dinastia Ming (1368-1644) pode ser uma antigüidade, uma relíquia que não tenha preço; um outro, de apenas uns 50 anos ou menos, pode ser um vaso velho, relegado a um depósito.

Você é idoso quando pergunta se vale a pena; você é velho quando sem pensar responde que não. Você é idoso quando está pronto a correr riscos; você é velho quando procura correr dos riscos. Você é idoso quando sonha; você é velho quando apenas dorme. Você é idoso quando ainda aprende; você é velho quando já nem ensina. Você é idoso quando pratica esportes ou de alguma outra forma se exercita; você é velho quando apenas descansa. Você é idoso quando ainda sente AMOR; você é velho quando só sente ciúmes e possessividade. Você é idoso quando o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida; você é velho quando todos os dias parecem o último da longa jornada. Você é idoso quando seu calendário tem amanhãs; você é velho quando seu calendário só tem ontens.

O idoso é aquela pessoa que tem tido a felicidade de viver uma longa vida produtiva, de ter adquirido uma grande experiência; ele é uma ponte entre o passado e o presente, como o jovem é uma ponte entre o presente e o futuro e é no presente que os dois se encontram. O velho é aquele que tem carregado o peso dos anos; que em vez de transmitir experiência às gerações vindouras, transmite pessimismo e desilusão. Para ele, não existe ponte entre o passado e o presente, existe um fosso que o separa do presente pelo apego ao passado.

O idoso se renova a cada dia que começa, o velho se acaba a cada noite que termina, pois enquanto o idoso tem seus olhos postos no horizonte de onde o sol desponta e a esperança se ilumina, o velho tem sua miopia voltada para os tempos que passaram. O idoso tem planos, o velho tem saudades. O idoso curte o que lhe resta de vida, o velho sofre o que o aproxima da morte. O idoso se moderniza, dialoga com a juventude, procura compreender os novos tempos; o velho se emperra no seu tempo, se fecha em sua ostra e recusa a modernidade.

O idoso leva uma vida ativa, plena de projetos e prenhe de esperanças. Para ele, o tempo passa rápido, mas a velhice nunca chega. O velho cochila no vazio de sua vidinha e suas horas se arrastam destituídas de sentido. As rugas do idoso são bonitas porque foram marcadas pelo sorriso; as rugas do velho são feias porque foram vincadas pela amargura.

Em suma, idoso e velho, duas pessoas que até podem ter a mesma idade no cartório, mas têm idades bem diferentes no coração.

Sou idoso (tenho quase 70 anos), mas espero que nunca fique velho.